Encosta-te a mim,
já não cago à cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me cagar.
Chegado da farra,
fiz tudo p´ra conter, em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus gases
faz de mim o teu herói,
não quero conter.
Tudo o que eu comi,
estou a partilhar contigo
o que não engoli, hei-de cagar contigo
sei que não sei, às vezes onde me limpar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
aliviamos tantas fezes
vizinha de mim, deixa sujar o teu quintal
recebe esta bomba que não está armadilhada
foi dobrada, foi feijoada, seja como for.
Eu venho do nada porque deixei o que não quis
no meio da estrada onde me senti feliz
enrosca-te a mim, vai despejar a água cagada
vem cheirar o homem-bomba, quero-me cagar.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não engoli,
um dia hei-de cagar contigo
sei que não sei, às vezes onde me limpar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
Encosta-te a mim
Encosta-te a mim
Quero-te bem.
Jorge Calma
Ser poeta
Ser poeta é peidar alto, é peidar mais
Do que os homens! Largar como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além fedor!
É ter de mil maneiras o odor
E saber bem que não o deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É parecer um escape de tractor!
É ter lume, neste cu bonito!
Por elmo, as cuecas de coiro e de cetim...
É intoxicar o mundo num só grito!
E é peidar-te, assim, continuamente...
É seres gás e molho, a sair de mim
E dizê-lo peidando a toda a gente!
Florbela Espanta
Do que os homens! Largar como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além fedor!
É ter de mil maneiras o odor
E saber bem que não o deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É parecer um escape de tractor!
É ter lume, neste cu bonito!
Por elmo, as cuecas de coiro e de cetim...
É intoxicar o mundo num só grito!
E é peidar-te, assim, continuamente...
É seres gás e molho, a sair de mim
E dizê-lo peidando a toda a gente!
Florbela Espanta
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Literatura de Casa de Banho
Japoneses sempre mais à frente...
É verdade meus amigos! Esta inovação de literatura de casa de banho ja está à venda em mais de 30 livrarias no Japão e custa cerca de 350 yen. Cerca de 30 metros de literatura para nunca se aborrecer na casinha de banho... E esta hein? Acabavam-se as revistinhas e os jornais espalhados na casa de banho. Bastava o rolinho e se a leitura não agradasse, bom remédio: LImpar com ela o rabinho!!!!
Qual é o seu?
Diarreia
Diarreia é fogo que arde sem se ver
É merda que sai e não se sente
É um contentamento descontente
É odor que desatina sem doer
É um não querer mais que bem cagar
É solitário andar por entre a gente
É nunca conter-se da torrente
É cuidar que se larga em qualquer lugar
É querer estar preso e sem vontade
É servir quando apetece, o interior
É ter com a sanita lealdade.
Mas como causar pode seu ardor
Nos cus humanos amizade,
Se na cueca fica todo o seu esplendor?
Luís de Cagalhões
É merda que sai e não se sente
É um contentamento descontente
É odor que desatina sem doer
É um não querer mais que bem cagar
É solitário andar por entre a gente
É nunca conter-se da torrente
É cuidar que se larga em qualquer lugar
É querer estar preso e sem vontade
É servir quando apetece, o interior
É ter com a sanita lealdade.
Mas como causar pode seu ardor
Nos cus humanos amizade,
Se na cueca fica todo o seu esplendor?
Luís de Cagalhões
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